sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Verdadeiro Olhar

Ministra desvaloriza atraso na instalação de fibra óptica nas escolas
De passagem por Paredes, a ministra da Educação reagiu à notícia avançada pelo VERDADEIRO OLHAR na última edição e que dava conta da incapacidade das redes de internet das escolas da região em responder às necessidades de alunos e professores desde a chegada dos computadores portáteis adquiridos no âmbito do e-escola.

Maria de Lurdes Rodrigues reconheceu o atraso na implantação do Plano Tecnológico na Educação, mas acabou por desvalorizar o atraso na instalação da fibra óptica nas escolas. "Esse projecto do Plano Tecnológico está em concretização e a nossa expectativa é que até ao final do ano, em todas as escolas básicas e secundárias, o projecto esteja concluído", sustentou.

Para Maria de Lurdes Rodrigues, "não há nenhum problema" e o atraso registado no aumento da banda larga da internet nas escolas deve-se, unicamente, "a dificuldades de concretização do projecto". "O esforço de modernização que está a ser feito em nada fica comprometido com estes prazos", garantiu ainda a governante.

As declarações da ministra da Educação vão de encontro à revelação feita por um técnico da Portugal Telecom que, na mesma reportagem, garantia que os estabelecimentos de ensino do Vale do Sousa só poderão beneficiar da fibra óptica no início do próximo ano lectivo, apesar de ter sido prometida para o início de 2009.

Tal acontece, porque o contrato celebrado entre a PT e o Ministério da Educação divide a empreitada em duas fases distintas. Primeiro, instala-se a fibra óptica em todas as escolas. Depois, monta-se a rede interna e o equipamento.

As escolas das cidades de Paredes e de Penafiel, por exemplo, já têm a fibra óptica instalada, mas a velocidade da sua internet anda muito longe dos 42 Mbps anunciados pelo Governo e muito mais dos 100 Mbps que a tecnologia permite. "Anda na ordem dos 4 Mbps", assegura o técnico da PT.

Pior estão os estabelecimentos de ensino situados longe das centrais da PT. Nestes casos, é o cobre que continua como suporte da rede de internet e, como tal, registam velocidades muito baixas. As escolas de Vilela, Nevogilde e Lustosa serão os casos mais problemáticos. Aqui, a velocidade da internet oscilará entre os 400 e os 800 Kbps.

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